quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A origem étnica dos africanos trazidos ao Brasil
Sabemos que a África possui muitas etnias diferentes, sendo assim, a origem étnica dos escravos que foram trazidos ao Brasil era muito variada.
Cerca de 37% de todos os escravos trazidos às Américas, vieram ao Brasil, sua maioria homens.
Porém, houveram dois grandes grupos, os Bantos e os Oeste-Africanos, que se preponderaram no Rio de Janeiro (produção de café), Bahia e norte do Brasil (produção de açúcar). Isso porque existiam regiões diferentes do Brasil que demandavam mais de mão-de-obra escrava do que as outras; durante o período colonial, os escravos de origem africana ou indígenas eram quase totalidade da mão-de-obra da economia do Brasil.
Os africanos trazidos ao Brasil originaram-se em certos portos de embarque na África, que concentravam escravos provenientes de uma longa extensão. Esses locais de embarque eram:
No Oste-Africano: Portos de Senegal e Gâmbia, Mina (hoje chamada Elmina) em Gana, Uidá em Benim e Calabar na Nigéria;
No Centro-oeste: Cabinda e Luanda, ambos na atual Angola;
No Leste Africano: Ibo, Lourenço Marques e Inhambane em Moçambique, Zanzibar e Quiloa na atual Tanzânia.
Os Bantos são descendentes de um grupo etnolinguístico que se espalhou rapidamente, atingido os litorais oeste e leste da África, recentemente. Os que foram trazidos ao Brasil vieram das regiões que, atualmente, são os países de Angola, Republica do Congo, Republica Democrática do Congo, Tanzânia e Moçambique.
Os oeste-africanos eram de uma extensa região litorânea que ia desde o Senegal até a Nigéria. Também são conhecidos como sudaneses e por isso são confundidos com os habitantes do atual Sudão, mas na verdade, eles não têm nenhuma relação. Pertenciam a diversos grupos étnicos diferentes: Kètu, Egba, Egbado e Sabé (entendiam ou falavam a língua dos Iorubas), Fons, Ashanti, Ewés, Fanti, Mina etc.

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