quinta-feira, 24 de junho de 2010

Roteiro do documentario

VÍDEO 1
AUDIO 1
[começa a musica para iniciar o documentário ]
[colocar imagem do brasão oficial da cidade de são Paulo]

[aparece o apresentador que estará em pé, dar zoom]
Apresentador: “Não sou conduzido, conduzo”, esse é o lema da cidade de São Paulo: município brasileiro, capital do estado de São Paulo e principal centro financeiro e mercantil da América Latina; cidade mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. [colocar ranking das cidades mais ricas do mundo] É a décima cidade mais rica do mundo, onde o município representa, isoladamente, 12,26% de todo o PIB brasileiro, possui 0,841 na escala de 0 a 1 do IDH, ou seja, nível elevado.
São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo. Segundo o censo de 2000 do IBGE, a população de São Paulo está [foto das diferenças étnicas] composta por brancos (68%), pardos (25%), pretos (5,1%), amarelos (2%) e indígenas (0,2%).
A cidade já contava com população afro descendentes no século XIX, mas foi a partir da segunda metade do século XX que a população de origem africana cresceu rapidamente, através da chegada de pessoas de outros estados brasileiros. [colocar imagem da áfrica com 30% da população paulistana] De acordo com o IBGE, em 2005, pelo menos cerca de 30% da população paulistana tinha alguma ascendência africana, isto é, declaravam-se como “pretos” e “pardos”.
Vamos falar um pouco sobre essa metrópole, como ela surgiu e a participação dos africanos em sua fundação.



VÍDEO 2
AUDIO 2
[aparece personagem 1 sentada em uma biblioteca]
Personagem 1: A fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação e exploração das terras americanas pelos portugueses, a partir do século XVI. Inicialmente, os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região. [colocar imagem da fundação de são Paulo] Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte [colocar imagem da estatua de José de Nóbrega na Praça da Sé] José de Anchieta [colocar imagem de estatua Manuel da Nóbrega] e Manoel da Nóbrega, escalaram a serra do mar chegando [colocar imagem do planalto de Piratininga] ao planalto de Piratininga onde encontraram, do ponto de vista da segurança e da localização topográfica, a localização perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o[ainda na imagem do planalto de Piratininga , dar zoom no rio Tamanduateí] Tamanduateí e [ainda na imagem do planalto de Piratininga , dar zoom no rio Anhangabaú] o Anhangabaú.
[colocar imagem do Pátio do Colégio] Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga.
O nome São Paulo foi escolhido porque o dia 25 de janeiro foi o dia da conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme informa o Padre José de Anchieta em carta aos seus superiores da Companhia de Jesus:
[Colocar trecho da carta na tela]
“A 25 de Janeiro do Ano do senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!”

[colocar imagem do antes e depois 3] Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila e pelourinho mas a distância do litoral, o isolamento comercial e o solo [colocar imagem do antes e depois 2]inadequado ao cultivo de produtos de exportação, condenou a Vila a ocupar uma posição insignificante durante séculos na América Portuguesa. [colocar imagem do antes e depois 1]

Por isso, ela ficou limitada ao que hoje denominamos Centro Velho de São Paulo ou triângulo histórico [colocar imagem do Triangulo histórico], em cujos vértices ficam os Conventos de São Francisco, de São Bento e do Carmo.
Até o século XIX, nas ruas do triângulo (atuais ruas Direita, XV de Novembro e São Bento) concentravam-se o comércio, a rede bancária e os principais serviços. Como pudemos observar, a cidade de São Paulo nasceu no centro da cidade e foi se desenvolvendo ao redor dele, por isso as arquiteturas são mais antigas nessa região e possuem estilos neoclássicos e neogóticos.
A região da Liberdade era um pelourinho, por isso o nome. Existia todo um preconceito: os nobres se incomodavam com os escravos que andavam pelo centro e acabavam mandando esses negros para as periferias. Os escravos tiveram de construir suas próprias “igrejas” para praticarem sua religião escondidos, afinal, não podiam entrar e/ou participar da igreja dos Nobres. Um exemplo desse espaço dos negros é a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos que está localizada no Largo do Passaindu.
É possível identificar onde os negros e escravos estavam localizados, pois esses locais estão largados, vamos dizer assim. As casas dos nobres e dos negros eram muito diferentes, e essas diferenças ficam bem claras ao compararmos, as cores, as janelas, portas etc. Afinal, os nobres não queriam se misturar à “ralé”.
Esse foi o centro velho, o centro novo foi construído no século XX.
[ colocar imagem avenida tiradentes] Com o crescimento industrial da cidade, a sua área urbanizada passou a aumentar em ritmos acelerados, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras. [colocar imagem do anhangabaú]
A cidade passa por um processo de transformação em seu perfil econômico, [colocar imagem da marginal tiete] convertendo-se de um centro industrial para um grande pólo de comércio, serviços e tecnologia, sendo, atualmente, uma das mais importantes metrópoles da América Latina.[colocar imagem higienópolis]


VIDEO 3
AUDIO 3
[filmar apresentador novamente]
[dar zoom no apresentador]

Apresentador: [colocar imagem áfrica - Brasil] Os negros africanos têm muita influencia e importancia tanto para a metróple São Paulo como para o Brasil todo. Cerca de 37% de todos os escravos trazidos às Américas, vieram ao Brasil, sua maioria homens.
Durante quase quatro séculos, negros africanos foram caçados e levados ao Brasil para trabalhar como escravos. [colocar imagem dos escravos] Separados para sempre de suas famílias, de seu povo, do seu solo os africanos foram aos poucos se adaptando a uma nova língua, novos costumes, novo país. Foram se misturando com os brancos europeus colonizadores e com os índios da terra, formando a população brasileira e sua cultura. Como aconteceu em outros países da América, a contribuição dos africanos na formação do Brasil foi essencial tanto na composição física da população quanto na conformação do que viria a ser sua cultura, que inclui dimensões como língua, culinária, religião, música, estética, valores sociais e estruturas mentais.
O cativo já não estava preso ao domicílio do senhor, trabalhava para clientes como escravo de ganho, e não morava mais nas senzalas [colocar imagem da senzala] isoladas nas grandes plantações do interior, mas se agregava em residências coletivas concentradas em bairros urbanos próximos de seu mercado de trabalho. Foi quando se criou no Brasil, num momento em que tradições e línguas estavam vivas em razão de chegada recente, o que talvez seja a reconstituição cultural mais bem acabada do negro no Brasil, capaz de preservar-se até os dias de hoje: a religião afro-brasileira. [colocar imagem religião afro brasileira]
E como parte integrante do culto, e ao mesmo tempo como elemento constitutivo do cotidiano do negro, preservou-se no Brasil um dos mais ricos filões culturais da África: a música, mais especificamente, a música religiosa, com seus ritmos, instrumentos e formas de composição poética.
Nascia a religião afro-brasileira [colocar imagem dos orixás] dos orixás, voduns e inquices, chamada candomblé [colocar imagem candomblé] primeiro na Bahia e depois pelo país afora, tendo também recebido nomes locais, como xangô em Pernambuco, tambor-de-mina no Maranhão, batuque no Rio Grande do Sul.
Entoaram letras em língua ritual de origem banta, soando os tambores com as palmas das mãos e dedos, enquanto os iorubás o fazem com varetas, os candomblés angola e congo, como são chamados os templos bantos, cantam um tipo de música e foi justamente da música sacra desse candomblé banto que mais tarde se formou um gênero de música popular que veio a ser uma importante fonte da identidade nacional brasileira: o samba. [colocar imagem samba]
No Brasil verificou-se um grande retorno à Bahia, com a redescoberta de seus ritmos, seus sabores culinários e toda a cultura dos candomblés. As artes brasileiras em geral ganharam novas referências, o turismo das classes médias do Sudeste elegeu novo fluxo em direção a Salvador e demais pontos do Nordeste. [colocar imagem culinária afro-brasileira] A comida baiana, nada mais que comida votiva dos terreiros, foi para todas as mesas, e assim por diante. [colocar imagem dos instrumentos africanos] Ia-se completando, agora de modo escancarado, uma retomada das influências africanas na cultura brasileira. [colocar imagem de capoeira]


VIDEO 4
AUDIO 4
[aparece o apresentador]
[apresentador começa a caminhar pelo espaço]
Apresentador: Como pudemos observar, os negros tem grande importância na formação da cultura que temos hoje no país todo, inclusive na nossa cidade e estão muito presentes em cada um de nós. [colocar imagem “todos somos africanos”]
Espero que tenham gostado do nosso documentário especial sobre São Paulo Africana – resgatando a memória de um povo. Até a próxima.


VIDEO 5
[aparece o poema Sou Negro]
[fundo com a foto do continente africano e com a foto do brasão da cidade de São Paulo]
[narrador pronuncia o poema]


Narrador: Sou Negro
Meus avós foram queimados
Pelo sol da África
Minh’alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs
Contaram-me que meus avós
Vieram de Loanda
Como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
E fundaram o primeiro Maracatu.
Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
Escreveu não leu
O pau comeu
Não foi um pai João
Humilde e manso
Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
Ela se destacou
Na minh'alma ficou
O samba
O batuque
O bamboleio
E o desejo de libertação...

(Solano Trindade)

[colocar imagem de negro do poema]
[colocar musica – “terminar o documentário”]

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